"A Milhas e Milhas de Qualquer Lugar" - CRÔNICAS DE UM CORAÇÃO EM REFORMA #4
- Canto da Mamone
- 3 de set. de 2019
- 2 min de leitura
Me lembrei dele demais hoje. E uma coisa a qual eu não recordava desde quando eu vi de relance aquela touca indo embora pela primeira vez.
É tão estranho lembrar de coisas assim, às vezes, começo a achar que isso é a parte difícil do famoso "seguir em frente", devo admitir. Lembrar de algo muito bom, dói, e essa dor às vezes é tão grande que acaba se tornando um remédio. Acredito que seja assim, até todas as memórias serem postas no lugar certo, aquele que não provoca um incômodo no peito quando acaba sendo tirado de lá.

Ouço falarem dele, e eu mesma estou falando bastante sobre esses dias. Não deveria. Por mais que eu fale com uma raiva bem aparente na voz, o que eu sinto na verdade é uma mistura de chateação com indiferença. Deixei pra lá a vontade de procurá-lo, ou saber se está mais fofo do que da última vez que o vi ( que definitivamente, eu garanto que estava o completo oposto de fofo ou amável).
Ao mesmo tempo que quero passar uma borracha, sei que eu não seria a mesma (nem de longe) sem ele. E honestamente? Toda a entonação de raiva do mundo, não vai mudar o que eu ainda sinto por ele. Pode até não querer saber, não se importar, ou sei lá, ser indiferente, mas eu amo ele. Babaca ou não, eu amo.
Mas todo o amor do mundo não muda o que aconteceu, não muda o que eu quero e não quero mais que isso me mude. Fui imatura demais e sei que além dele, eu preciso crescer. A vida não é um conto de fadas, é muito melhor que isso. Então tire da sua cabeça que um príncipe encantado é tudo que você precisa, porque não é.
É importante, demais até, mas não é tudo. Eu esqueci o mundo a minha volta quando eu voltei para a estaca zero e me vi perdidamente apaixonada por ele de novo, e isso obviamente foi culpa minha, não dele. As decisões erradas, os dois fizeram, e por isso, porque sei e conheço "a criatura " através do "monstro", que o perdoei.
Eu amo, muito, e talvez um dia entenda o que acontecera nos últimos seis meses. Mas hoje, agora, é bem nebuloso, e a única certeza é de que eu preciso seguir com a minha vida, sem esperar ou depender de alguém pra isso.
E olha, eu gosto disso, sendo bem honesta aqui com vocês, eu gosto pra ****** disso. Desculpem o palavrão, haha. Como eu disse, eu preciso crescer, aprender a saber quem eu sou e me valorizar. Estou descobrindo várias coisas novas e eu não sei me apaixonar. Quando acontece eu simplesmente esqueço de quem eu sou e das descobertas que eu estava tendo antes da pessoa aparecer (ou voltar, haha) pra minha vida.
Tenho dito muito isso, "não posso dizer pra você que eu nunca vou voltar a querer algo com ele". Num futuro onde eu esteja mais sábia e ele talvez, queira algo sério, quem sabe? Mas hoje, esse ano, ano que vem, não. Preciso voar sozinha por um tempo, e agora, é a minha vez de dizer isso.
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