Mamone Draws #1 - WHO FEELS LOVE?

Como sempre tenho que fazer apologia a alguma música nos meus posts com texto.

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Quantas vezes você já ficou da janela observando enquanto o céu muda de cor? Naquelas noites em que a única coisa te entretia, nem mesmo o sono, sim seus próprios pensamentos. No máximo isso e a música baixa saindo dos seus fones de ouvido.

Às vezes com a janela aberta, para sentir a brisa da noite encostando de leve no seu rosto, como um beijo de "tudo vai ficar bem", e às vezes o vidro te separando da noite, janelas fechadas, para que haja uma certa proteção. Tudo já foi ruído demais. Chega, quero descansar.

São essas noites que, por mais incrível e absurdo que possa parecer, são as minhas favoritas. O doce impacto do desconhecido no estômago, às vezes a tristeza e a saudade. Mas sempre apenas eu na janela, com a minha playlist, e minhas idéias que só a mim importam. A ninguém mais. Momentos onde, eu possa sentir saudade sem ser julgada, ter esperanças, sorrir por saber como é se sentir livre sozinha, num mundo onde todos já se esqueceram da própria solidão, com medo dela.

Onde não há comparações. Minha vida é a minha vida e ninguém sabe o que é isso. Porque cada um tem sua vivência única, não há como comparar. São apenas vidas distintas, aceite isso.

Posso amar quem eu quiser, não há um medo acompanhado de dominância ridículos, das pessoas ao meu redor. Uma xícara de chá e meu cachorro são minhas únicas companhias. E nesse momento, a única pessoa que eu deixo entrar nesse clube, é a única que um dia já conseguiu, de fato, entrar e entender meu mundo.

Aquele que ainda consegue, o qual todos querem me proteger. Esqueçam isso, tem algo muito maior que opiniões alheias, marcado aqui dentro. Algo que só quem se conheceu mais de uma vez, em outras vidas, alguém que só se encaixa com você. Alguém que, é único pra mim em milhares de outros universos. E, no fim, talvez a pessoa mais partida entre nós dois.