JOURNALING #2 || Crônicas de Um Coração em Reforma #3

Tive umas recaídas nos últimos dias, admito. Têm sido fácil e difícil relembrar das coisas e não sentir quase nada, é que às vezes a esperança vem, querendo arrebentar com qualquer traço de felicidade por finalmente ter me encontrado bem sozinha.

O problema foi checar o Instagram e ver que eu estava abandonando parte de mim que nunca, nunquinha quis abandonar. Minha banda favorita. E tudo que a torna minha banda favorita.

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Não foi um alguém que me fez amar tanto aquelas músicas, sempre fui eu mesma me encontrando em cada melodia. E na verdade foi aí que eu acabei encontrando alguém que eu pensei que amasse elas tanto quanto eu.

Amamos em jeitos diferentes, e eu não quero perder esse amor genuíno que tenho por tudo isso. Eu sei, meio ridículo falar de uma banda como se fizesse um papel de super-herói na minha vida. Mas na verdade, é exatamente isso!

Oasis me encontra em cada acorde e a cada letra que canto sem saber como me expressar com palavras. Quando eu vi que estava deixando toda essa magia linda ir embora, me desesperei.

Peguei um par de fones de ouvido e re-ouvi todas as músicas (ou quase todas) que me fizeram ser tão apaixonada pela banda. Antes de Champagne Supernova ser algo mais do que apenas a melodia perfeita do meu dia e da minha noite. Antes de Up In The Sky, ser algo mais do que apenas eu tentando voar alto pra sair da rotina. Antes de Let There Be Love ser algo doloroso demais, diferente de uma época onde a voz do Noel era meu abrigo, como uma canção de ninar.

Posso ter amado Nirvana e outras coisas através de outra pessoa, mas Oasis sempre foi uma coisa tão única minha que eu devo guardar só pra mim. Porque no final, só eu realmente vou entender meu mundo, ninguém mais, e é assim que deve ser.

Podem até haver pessoas que mostrem que sim, ou apenas alguém que mostre a salvação. Mas antes de compartilhar seu universo, certifique-se de que não aconteça de você só o ter de volta um ano depois.