JOURNALING #1 - Experiências

Okay. Esse é o cenário: Estou no último ano do ensino médio e, sem querer dramatizar mas, faltam menos de seis meses para eu me formar. Claro que, se eu passar, mas não vamos entrar nesse detalhe agora.

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Estava super confiante e certa do que eu queria fazer, mas assim, ninguém aos 17 anos anos, por mais madura que seja, tem plena certeza do que fazer. Olha, não é falta do que querer, na verdade sei que arte é o caminho "certo", mas concorda comigo que arte tem um leque enorme de possibilidades? Fora que, desde pequena eu tenho esse sonho de viajar para o exterior pra estudar.

Era o plano principal, na verdade. Mas a visão de vida da Marcella aos treze anos é completamente diferente da visão da Marcella de dezessete. Eu achava que era simplesmente mandar o currículo dizendo que era apaixonada por moda (é sim, na época era moda que eu queria) e magicamente eles iriam me chamar para estudar lá. Era a UFCL, em Londres. Amo a Inglaterra e sempre foi meu sonho ir pra lá, mas não é bem assim que funciona. Primeiro que a mensalidade provavelmente paga uns três anos na faculdade mais cara daqui do Brasil. Sem querer exagerar, sabe.

Então mudei minha perspectiva. E olha, isso foi bem difícil, porque era meio que aquele sonho que eu contava pra todo mundo achando que iria provar que estava certa e que todos estavam errados por estarem rindo. E beleza, como eu disse, foi difícil no começo, então eu fiquei um tempo sem decidir o que eu queria.

Esse ano inteiro eu queria achar algo e me assegurar que assim que eu saísse da escola, eu estaria bem e certa do cominho a recorrer. E por mais que eu tenha encontrado de certa forma, não sinto mais que deveria considerar isso aquilo que eu sonhei. Acho que isso é ainda apenas um degrau para o que eu realmente quero.

E o que eu quero? Bom, eu aprendi que você tem que estabelecer metas para aquilo que você quer. Por mais que eu almeje chegar a morar fora do Brasil, ser reconhecida, etc. Como faz pra chegar lá? Não é só entrar numa faculdade no exterior. É bem maior que isso.

É questão de saber como nunca se botar no próprio caminho a ponto de dizer que é impossível para você, saber ouvir não sem aquilo te destruir e saber que seu potencial é grande mas sempre dá pra expandi-lo com humildade e maestria.

Por mais perdida que eu esteja, me sinto bem e certa. E é até mesmo por isso, que eu resolvi começar a escrever sobre isso. Um tipo de diário entende? E espero ajudar quem vier no blog posteriormente querendo algum tipo de "ajuda".